Porque eu não contrato esquerdista...

E tão cedo isso não vai mudar

Tenho certeza que perderei muitos leitores com a edição de hoje, mas isso só vai acontecer com aqueles que não passarem do segundo parágrafo. Mas existe uma razão pela qual eu não contrato ninguém de esquerda, por mais que alguém tente me convencer a fazê-lo…

E essa razão é o fato de eu não ter empresa, por isso que não tenho funcionários de esquerda, nem de direita. Se eu tivesse empresa, não haveria problema algum em contratar tanto a turma que faz o L quanto a turma que bate continência pra pneu, até porque seria errado discriminar funcionários por questões políticas né?

O motivo por trás do título de hoje é o próprio título em si! Ele é o exemplo simples de uma tática bastante comum aplicada por pessoas como Tallis Gomes, Paulo Kogos, Monark… E até por pessoas como Érika Hilton, Yuval Harari ou Neil deGrasse Tyson, e essa tática, apesar de dividir opiniões, funciona desde sempre:

Chamar a atenção através de uma emoção.

Pessoas muito influentes que costumam dividir opiniões públicas quase que dependem de posicionamentos fortes para continuarem crescendo, e isso pode ser feito tanto com afirmações e questionamentos mais controversos, quanto mais triviais, o que importa é que aquilo cause uma emoção muito forte em quem é impactado. E sabemos que nada disso é novo, o jornalismo já mostrava isso desde sempre! Porém, vamos esquecendo com o tempo.

Nos próximos parágrafos eu te mostro o que é fundamental para usar emoções na sua comunicação! Mas antes…

Quando você não ouve meu podcast eu fico assim 😕 

Todo processo de convencimento envolve manipulação. Para o bem, ou para o mal.

Quando eu crio uma simples frase que pode ser usada desde um tweet a um assunto de e-mail, tenho a primeira ferramenta necessária para manipular o comportamento da minha audiência: uma emoção positiva ou negativa.

Emoções positivas: orgulho, desejo, ambição, empatia, simpatia, alegria, conquista, realização.

Emoções negativas: repulsa, medo, raiva, inveja, insegurança, dúvida, sensação de perda iminente.

Seja positiva ou negativamente, eu consigo te manipular com estruturas simples para prestar atenção na mensagem a ser passada! 

E essa é uma das principais causas por eventualmente você ou sua marca serem ignorados na internet.

O que funcionou bem para o Tallis Gomes e G4 foi essa abordagem de “nós contra eles”, só que não precisa ser assim com você. De toda forma, acho que é uma abordagem divertida para aprendizado das técnicas de persuasão.

Você só precisa pensar em duas coisas quando quer chamar a atenção de um possível contato: 

Qual emoção eu quero que essa pessoa sinta? É uma emoção positiva ou negativa?

Com essa resposta em mãos, o restante começa a fluir, o que importa mesmo é não mentir e ter coerência na mensagem toda, principalmente fechar com um contraste em relação à como você abriu seu texto, vídeo, palestra…

As pessoas farão qualquer coisa por aqueles que encorajam seus sonhos, justificam seus fracassos, acalmam seus medos, confirmam suas suspeitas e os ajudam a atirar pedras em seus inimigos.

- Blair Warren

Abordar emoções é um processo fluido, quase uma dança.

Ao começar com emoções negativas, preciso conduzir minha audiência a uma emoção positiva. Por exemplo:

“Você está perdendo dinheiro todos os dias sem perceber, e foi uma escolha sua. Por ignorância, falta de tempo ou simples preguiça, você decidiu delegar decisões de investimentos. Deixou todo seu dinheiro em algum produto recomendado por gerente de banco, talvez até na poupança e pensou que pelo menos não estava gastando com supérfluos.

Mas entra dia, sai dia, a inflação faz seu dinheiro valer menos do que valia antes e aquele investimento recomendado pelo gerente ainda rende menos que a taxa de juros do país. Cada R$ 100 guardados até ano passado deveriam valer cerca de R$ 115 agora. É essa sua realidade? Acredito que não.

Pois é, a escolha foi sua, mas a culpa não foi. Seu gerente foi treinado para te manipular. As corretoras usam linguagens difíceis para te confundir, logo, é mais fácil terceirizar a decisão e acreditar, mas onde isso te levou? Ao mesmo patamar de antes.

Existem saídas para situações assim e elas não exigem que você se torne especialista em investimento, apenas que saiba 3 pilares sobre gestão do dinheiro. 

Com os 3 pilares em mente você continua capaz de delegar seus investimentos, mas também entende quando querem te passar a perna. 

Antes você fez uma escolha que te prejudicou, agora vem a chance de fazer uma escolha para te colocar na rota certa!

Que tal eu te passar os 3 pilares da proteção financeira em uma reunião sem qualquer compromisso de venda?

Clique aqui e vamos conversar!”

O que vai te conectar com mais pessoas e emoções é a curiosidade.

Na mensagem acima eu finjo ser um assessor/expert em investimentos e começo com a missão de te causar dúvida, culpa e medo. Mas no final da mensagem eu troco a culpa e o medo por certa esperança.

Existe uma grande chance de abordagens assim funcionarem melhor do que mensagens sem qualquer personalidade! E também poderia ser feito de forma inversa, começando por emoções positivas e finalizando com um leve contraste. O mais importante é: causar uma emoção! 

Ao causar emoções, você se diferencia. As pessoas lembram de você e da sua mensagem, no entanto, use com precaução. Não dá para forçar a barra o tempo todo, e se todo mundo tá fazendo igual, é preciso observar formas de fazer diferente.

“Fazer diferente” é o assunto central do episódio recente que gravei para o Além das Boas Ideias, meu podcast de comunicação: Alimente sua curiosidade, ou morra.

É um episódio que explora o papel da curiosidade no desafio diário de solucionar novos problemas ou os problemas de sempre com novas abordagens:

A curiosidade é um motor que nunca pode parar de funcionar! Sem ela, não dá para acessar emoções simples de outras pessoas, não dá para entender o que faz as pessoas gostarem ou não do que você oferece, e, honestamente, sem curiosidade, a vida não tem graça!

Já foi lá?

Escute, e me conte o que achou :)